Eu acariciava o tempo e brincava com a vida como se brinca com um sonho e, vivia a noite sem estar a contar os meus dias que fugiam no tempo.
Eu fiz tantos projectos que permaneceram no ar, eu fundei tantas esperanças que voaram, continuo ainda perdido não sabendo aonde ir, os olhos procuram o céu mas o coração posto em terra.
Ontem ainda tinha vinte anos.
Eu desperdiçava o tempo, crendo eu para-lo e retê-lo mesmo o segurando, eu corri muito e sinto-me sufocado.
Ignorando o passado que conjuga o futuro precedia em mim qualquer conversa, dava o meu parecer, só queria o cupão para criticar o mundo com desenvoltura.
Eu perdi o meu tempo a ver fazer loucuras que me deixam no fundo nada de verdadeiramente precioso, apenas algumas rugas e o medo da solidão.
Porquê os meus sonhos morreram antes de existir?
Os meus amigos partiram e não virão mais, por meu erro fiz um vazio ao torno de mim e, desperdicei a minha vida e os meus jovens anos.
Do melhor ao pior deitei o melhor fora, guardo os meus sorrisos, e congelei as minhas lágrimas.
Onde estão actualmente, actualmente os meus vinte anos?
Os Verdadeiros amigos
Com os amigos verdadeiros podem-se passar longos anos sem se falar e, jamais questionar essa amizade. Se tiverem a felicidade de se encontram, independentemente do tempo, da adolescência e da distância, parecem que se viram ontem, e nunca guardam mágoas ou rancor, entendem que a vida é corrida, mas que os guardamos na memória para sempre.